Festival Internacional de Fotografia de Amarante

E eis que os olhos reparam.

É preciso parar para ver. Já cá estamos, agora é ficar. Aprender a querer olhar. Deixar-se ficar e apreciar. Ver é uma arte. Há que explorá-la, absorvê-la, e, depois, partilhá-la. Os olhos fazem a festa.

Há um tempo para além de nós, um tempo que se vive em cada instante e todos os instantes juntos fazem uma vida. A nossa vida.

Dentro de uma fotografia cabe o mundo. E cabe cada um de nós. O que somos, o que fomos e o que queremos ser e viver.

Cada instante fotografado é um passaporte para a utopia. Aí, nesse momento eternizado, vive um espaço único, que se deixa questionar, refletir, olhar.

Assim queiram os nossos olhos perguntar.

2022 Refotografar

Durante três dias, Amarante vai receber o f/est Amarante, o Festival Internacional de Fotografia que teve no ano de 2021 a sua edição zero sob o tema “Ver com olhos de ficar”.

Em 2022, o f/est Amarante volta às ruas de Amarante numa versão mais alargada e internacional.

O conceito mantém-se como sendo um festival de rua, que pretende refletir sobre o olhar. Não só através do sentido estético mas também sobre essa forma única de questionar o nosso mundo através da fotografia.

Dias

Fotógrafos

Agata Kay

Conferência
29 de maio — Museu Municipal Municipal Amadeo Souza-Cardoso

Programa 2022

Fotógrafos

locais de amarante

2021 Ver com olhos de ficar

Onde não se espera, existe. Existiu. Foi assim o ano zero do f/est Amarante. Esteve ali, em todo o lado. O desafio foi ver mais do que olhar. Foi preciso afastar para focar, para sentir os pormenores. Para dar destaque aos sentidos. Os olhos fixaram os instantes da cidade, as pessoas que passaram, as pessoas que ficaram.

No primeiro de todos os f/est Amarante fomos luz, contraste, imagem. Fomos arte com emoção e a surpresa de um encontro num qualquer segundo de uma rua.

Ainda bem que foram. Ainda bem que nos encontrámos.

Durante um mês, de 17 de julho a 17 de agosto, Amarante mostrou-se  nas improbabilidades. Em locais onde não era suposto ser, fomos. O desafio foi irmos à procura. Talvez a surpresa tenha sido um encontro ou reencontro com o património material e imaterial que existe e persiste.

Com a memória sempre por perto, o f/est Amarante convidou-nos a olhar o presente com os fotógrafos Paulo Pimenta e Leonel Castro, o passado através da homenagem póstuma de  Antero de Alda e a espreitar o futuro com a visão de João Silva.

As fotografias, como a vida, estavam por todo o lado. Foi preciso procurar, para ver. Começando pelo centro, ou acabando aí. Foram 24 fotografias espalhadas um pouco por todo o concelho de Amarante.

Amarante é um território sempre pronto a ser revelado e, na edição zero do f/est AMARANTE, quisemos registar a memória futura.