“As I Was Dying” — Paolo Pellegrin
“Quando faço o meu trabalho e sou exposto ao sofrimento dos outros – sua perda ou, às vezes, sua morte – sinto que estou servindo de testemunha; esse é meu papel e responsabilidade, o de criar um registro para nossa memória coletiva. Parte disso, acredito, tem a ver com noções de responsabilidade. Talvez seja apenas no seu momento de sofrimento que essas pessoas serão notadas, e perceber isso apague a nossa desculpa de dizer um dia que não sabíamos.
Mas também sinto que é neste espaço tão delicado e frágil que envolve a morte, o espaço que às vezes tenho como privilégio e como fardo de entrar, que existe a possibilidade de um encontro com o outro de uma forma que vai além das palavras, cultura e diferenças. Trata-se de se expor, por um momento, diante do outro e diante do ato e do mistério de morrer. Nesse momento, sinto que estou a olhar para algo que não consigo ver completamente, mas que está a olhar para mim. É nessa troca que se encontra algo simultaneamente universal e profundamente íntimo; na morte do outro há uma perda que é de todos”. – Paolo Pellegrin
© Paolo Pellegrin / Magnum Photos
Exposição
Inauguração a 28 de maio
Museu Municipal Amadeo Souza-Cardoso
Patente até 28 de agosto
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